A Sony sempre passou a ideia de que sabe exatamente o que está fazendo com seus videogames. Tome por exemplo o PlayStation, que nasceu de uma “traição” da Nintendo e não só liderou a quinta geração de consoles, como foi o principal responsável pela mudança dos gráficos 2D pelos 3D poligonais. O PlayStation 2 deu continuidade ao sucesso e foi o primeiro e único DVD player de muita gente.
O PlayStation 3 foi o primeiro e único grande tropeço da empresa. A arquitetura e modelo de desenvolvimento complicados demais encareceram o videogame e a produção dos jogos, e isso espantou muitos desenvolvedores. O resultado foi sentido na relação do usuário com o videogame, que, apesar dos esforços de reestruturação da Sony, foi o menos vendido da história da marca.
Era preciso voltar à simplicidade e oferecer uma plataforma fácil de se trabalhar. Foi assim que surgiu o PlayStation 4, um console focado única e exclusivamente em jogos, sem firulas, sem asteriscos – e isso foi usado extensivamente contra a Microsoft e sua trapalhada no lançamento do Xbox One. Deu tão certo que o PS4 liderou com bastante folga as vendas da geração passada.
É justamente nessa toada que o PlayStation 5 chega ao mercado. Sem pretensão de ser o mais poderoso da geração, o novo videogame da Sony conta com especificações mais que suficientes e uma boa dose de inovações para dar continuidade ao que seu antecessor fez de melhor: entregar experiências únicas e memoráveis.
O PlayStation 5 pode não ser o console mais poderoso, mas as novas tecnologias embarcadas nele o posicionam como um forte competidor nesta nova geração de videogames. Os gráficos mais detalhados, suporte a ray tracing e taxas de quadro maiores são atrativos que saltam aos olhos, mas é a adição do SSD personalizado que revoluciona boa parte da experiência que temos no console. Os tempos de carregamento praticamente inexistentes nos levam a pensar como ficamos sem isso por tanto tempo e aproxima o desempenho do console ao que já vemos nos computadores há um bom tempo
E mesmo onde imaginávamos que não veríamos mais nenhuma inovação, a Sony foi lá e mostrou que ainda é possível melhorar muita coisa. O DualSense é uma grata surpresa e tem muito potencial; se explorado corretamente pelas desenvolvedoras, pode ter um papel decisivo no desenrolar das narrativas e na interatividade dos jogos.
No fim das contas, o visual futurístico e dimensões agigantadas são os pontos mais controversos do novo videogame da Sony. Ainda assim, essa ousadia acaba nos dando a sensação de que estamos diante de algo verdadeiramente novo e inédito – e isso se estende para a interface, para o joystick e para os jogos. Tudo no PlayStation 5 exala novidade e a confiança de que estamos prestes a vivenciar mais uma geração de novas experiências únicas e memoráveis.
Fonte: Canal Tech
NILES, IL - OCTOBER 15: A customer is helped as he looks over televisions being offered for sale at an hhgregg store on October 15, 2012 in Niles, Illinois. Retail sales rose 1.1 percent last month with electronics and appliances leading the way with a 4.5 percent increase in sales. (Photo by Scott Olson/Getty Images)